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Polícia diz já ter suspeito de matar pai do cantor Buchecha
29 de março de 2010 • 12h36 • atualizado às 12h39
A Polícia Civil informou, nesta segunda-feira, que já tem um suspeito da morte do pai do cantor Buchecha, Claudino de Souza Filho, assassinado na noite de domingo, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Para o delegado Adilson Palácio, titular da 72º DP (São Gonçalo), os tiros foram disparados por uma pessoa que estava no mesmo local - um bar - e seria morador da região. Para o delegado, o atirador estaria a cinco metros da vítima e um projétil de pistola 765 foi encontrado na cena do crime.
Palácio acredita também em crime premeditado e descartou a hipótese de assalto, divulgada pela família. Claudino foi assassinado depois de levar quatros tiros - um na cabeça, um no braço e dois no tórax.
Claudino foi morto na estrada da Conceição, por volta de meia-noite. Ele tinha passado a noite em um bar. Segundo a mulher dele, Cléa, depois de seguir para casa, trocou de roupa e saiu de novo. O assassino teria ficado escondido, esperando ele passar.
"Ele não era homem de me dar satisfação. Colocou a bermuda, os chinelos e saiu. Fiquei na varanda assistindo televisão e veio a notícia logo depois. Claudino era muito querido no bairro, onde a gente morava há dez anos. Ele não tinha inimigos. Gostava de tomar sua cervejinha, mas não tinha vícios com droga. Graças a Deus sempre esteve longe desse bicho ruim. Perdi meu companheiro de 30 anos", disse a madrasta de Buchecha.
Relação entre pai e filho cantor
A relação de Buchecha com o pai, além da amizade, era de parceria. "Eles gostavam de fazer churrasco e compor canções juntos. Apesar de o meu irmão gostar de samba e Buchecha cantar funk, o ritmo não importava porque os dois eram apaixonados por música. Foi Claudino quem criou uma das coreografias mais famosas de Buchecha. Antes do meu sobrinho viajar para o show no Sul, Claudino passou dias na casa dele. Ele tinha loucura pelo pai e seu mundo vai cair de novo porque ele não vai entender essa violência", desabafou Celeste, irmã da vítima.